Tuesday, October 11, 2005

 

Robô descobre tesouro pirata na ilha de Robinson Crusoe

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Ciberia
October 10, 2005

Um robô desenvolvido pela chilena Warner Technologies encontrou um valioso tesouro inca na ilha de Robinson Crusoe. A descoberta de Arturito já despoletou uma corrida ao ouro.

A chilena Warner Technologies usou um robô, o TX Spider, a quem chamam Arturito (o nome de R2D2 na versão espanhola de 'Star Wars'), para localizar um valioso tesouro inca, no arquipélago de Juán Fernández, no Chile. Supõe-se que o baú foi aí enterrado pelo navegador espanhol Juan Esteban Ubilla y Echeverria, em 1715.

Para já os responsáveis desta empresa recusam-se a revelar a localização exacta da suposta descoberta.

O tesouro que alegam ter encontrado tem um valor estimado de 10.000 milhões de dólares, e supõe-se que seja composto por lingotes de ouro, moedas, jóias, pedras preciosas e uma bula papal.

A riqueza deste espólio aguçou, de tal forma, a ganância dos seus «descobridores» que estes se recusam a iniciar as escavações, sem antes lhes ser dada a garantia de que podem ficar com metade do que encontraram.

Quanto ao herói desta história, este não é o seu primeiro feito. Antes de viajar até esta ilha, Arturito já tinha ajudado as autoridades locais a descobrir um corpo enterrado, numa investigação policial.

O autómato está equipado com um radar especial, o GPR (Ground Penetrating Radar), que lhe permite localizar objectos e estruturas enterrados, até um limite de 50 metros de profundidade, através da emissão de uma radiação electromagnética. Tem ainda a capacidade de representar os achados em três dimensões.

Adam Booth, especialista no uso do GPR em Arqueologia afirmou, à revista «New Scientist», que para encontrar um objecto a 15 metros (profundidade a que se supõe que o tesouro estivesse) seria necessário usar um sinal de baixa frequência. Ora, isso reduziria significativamente a qualidade da imagem obtida, tornando muito difícil distinguir os metais encontrados, advoga.

Apesar disso, considera que se poderiam obter imagens mais detalhadas, combinando o GPR com outras tecnologias.

As tentativas para encontrar este lendário tesouro já vêm de longe, mas até aqui, tinham sido logradas. Se a posição da empresa se mantiver, corremos sérios riscos de não conseguir confirmar o feito.

Segundo a lei, qualquer descoberta arqueológica, antropológica ou paleontológica pertence unicamente ao Estado. Contudo as autoridades locais também já reinvindicaram o seu quinhão.

Apesar de reconhecer que existem muitos países que poderiam reclamar a sua parte, o autarca da ilha, Leopoldo González, considera que esse é um direito que lhes assiste por terem sido guardiões desta relíquia durante 300 anos.

Resta acrescentar que a descoberta foi feita numa zona de reserva natural, razão pela qual a Warner não poderia ter escavado ali sem realizar um estudo de impacto ambiental e obter a devida autorização.

Até aqui, esta ilha era conhecida por aí ter sido abandonado, durante quatro anos, um marinheiro escocês, Alexander Selkirk, cujas vivências inspiraram Daniel Dafoe na criação do náufrago Robinson Crusoe.


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www.dofundodomar.blogspot.com

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