Friday, August 13, 2004
Thermopylae / Pedro Nunes
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Segundo o relatório de actividades de 2003 do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS): http://www.ipa.min-cultura.pt/cnans/actividades/2003/
PC/FA
Em 1868 foi desenhado e construído para a “Abardeen Line”, por Bernard Waymouth e Walter Wood, um clipper de 948 tn., de construção compósita (tabuado de casco em madeira e cavername em ferro), que foi baptizado com o nome de Thermopylae.
O seu tipo de construção e a forma do casco procurava combinar a capacidade de carga com a velocidade, essencial para efectuar a longa viagem da rota do comércio do chá entre a China e Inglaterra, sendo o “gémeo” do célebre Cutty Sark, hoje exposto em Greenwich.
O advento dos navios a vapor e a abertura do canal do Suez um ano depois da sua construção relegou o Thermopylae para as rotas do comércio da lã na Austrália e posteriormente para o comércio do arroz e madeira no Canadá.
Em 1896 o Thermopylae foi vendido à Marinha de Guerra Portuguesa, sendo então rebaptizado de Pedro Nunes e objecto de alteração e transformação em Navio-Escola.
Decidido o seu abate por o casco de madeira se encontrar em mau estado, em 1897, altura em que foi desarvorado e transformado em pontão, o navio acabou os seus dias utilizado como alvo e torpedeado, afundando-se a 13 de Outubro de 1907, por ocasião de um exercício naval durante um festival marítimo na baía de Cascais, na presença da família real.
A evolução subsequente dos princípios e critérios relativos ao património cultural subaquático, o crescimento do interesse público sobre este tema, assim como o advento do mergulho amador, voltariam entretanto nas últimas décadas a trazer à actualidade o caso do navio Pedro Nunes, transformando-o num mito em incessante crescimento devido à prolongada ausência de localização visual dos seus destroços.
Muito recentemente a tutela desta área do património cultural recebeu a informação de que estes vestígios tinham sido identificados em mergulho, assistindo-se desde então a um crescendo de interesse pela visita ao local.
Os destroços visíveis distribuem-se numa área com um comprimento de cerca de 70 m por 10 m de largura, centrada num ponto com as seguintes coordenadas geográficas: 38º 40’ 45’’ N e 009º 23’ 55’’W (datum europeu). O que resta do navio apresenta-se muito deteriorado, com o tabuado exterior do casco solto do cavername em ferro.
Torna-se assim imperativo assegurar simultaneamente a fruição pública deste singular documento do património cultural subaquático assim como as condições que garantam a sua melhor preservação, atendendo a significado cultural do mesmo, à sua fragilidade e desprotecção perante o mergulho menos avisado e, justamente, ao seu potencial lúdico, turístico-cultural e pedagógico-educativo.
Links:
http://college.hmco.com/history/readerscomp/ships/html/sh_091000_thermopylae.htm
http://www.bruzelius.info/Nautica/Ships/Clippers/Thermopylae(1868).html (his story in dates)
http://www.histarmar.com.ar/Promare/Promaretp.htm (in Spanish)
http://www.red-rooster.co.uk/ships/thermop.htm
Segundo o relatório de actividades de 2003 do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS): http://www.ipa.min-cultura.pt/cnans/actividades/2003/
PC/FA
Em 1868 foi desenhado e construído para a “Abardeen Line”, por Bernard Waymouth e Walter Wood, um clipper de 948 tn., de construção compósita (tabuado de casco em madeira e cavername em ferro), que foi baptizado com o nome de Thermopylae.
O seu tipo de construção e a forma do casco procurava combinar a capacidade de carga com a velocidade, essencial para efectuar a longa viagem da rota do comércio do chá entre a China e Inglaterra, sendo o “gémeo” do célebre Cutty Sark, hoje exposto em Greenwich.
O advento dos navios a vapor e a abertura do canal do Suez um ano depois da sua construção relegou o Thermopylae para as rotas do comércio da lã na Austrália e posteriormente para o comércio do arroz e madeira no Canadá.
Em 1896 o Thermopylae foi vendido à Marinha de Guerra Portuguesa, sendo então rebaptizado de Pedro Nunes e objecto de alteração e transformação em Navio-Escola.
Decidido o seu abate por o casco de madeira se encontrar em mau estado, em 1897, altura em que foi desarvorado e transformado em pontão, o navio acabou os seus dias utilizado como alvo e torpedeado, afundando-se a 13 de Outubro de 1907, por ocasião de um exercício naval durante um festival marítimo na baía de Cascais, na presença da família real.
A evolução subsequente dos princípios e critérios relativos ao património cultural subaquático, o crescimento do interesse público sobre este tema, assim como o advento do mergulho amador, voltariam entretanto nas últimas décadas a trazer à actualidade o caso do navio Pedro Nunes, transformando-o num mito em incessante crescimento devido à prolongada ausência de localização visual dos seus destroços.
Muito recentemente a tutela desta área do património cultural recebeu a informação de que estes vestígios tinham sido identificados em mergulho, assistindo-se desde então a um crescendo de interesse pela visita ao local.
Os destroços visíveis distribuem-se numa área com um comprimento de cerca de 70 m por 10 m de largura, centrada num ponto com as seguintes coordenadas geográficas: 38º 40’ 45’’ N e 009º 23’ 55’’W (datum europeu). O que resta do navio apresenta-se muito deteriorado, com o tabuado exterior do casco solto do cavername em ferro.
Torna-se assim imperativo assegurar simultaneamente a fruição pública deste singular documento do património cultural subaquático assim como as condições que garantam a sua melhor preservação, atendendo a significado cultural do mesmo, à sua fragilidade e desprotecção perante o mergulho menos avisado e, justamente, ao seu potencial lúdico, turístico-cultural e pedagógico-educativo.
Links:
http://college.hmco.com/history/readerscomp/ships/html/sh_091000_thermopylae.htm
http://www.bruzelius.info/Nautica/Ships/Clippers/Thermopylae(1868).html (his story in dates)
http://www.histarmar.com.ar/Promare/Promaretp.htm (in Spanish)
http://www.red-rooster.co.uk/ships/thermop.htm