Monday, October 31, 2005

 

Os poveiros no mar do Brasil

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Do Fundo do Mar
By Elísio Gomes Filho
October 31, 2005

O ex-voto.

Os poveiros no mar do Brasil - O pescador Agostinho André e a origem do ex-voto da Igreja Nossa Senhora dos Remédios

Dedico, o presente artigo a memória do etnólogo António dos Santos Graça, que fundou e dirigiu até à sua morte, o Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim. Foi um sensível e idealista personagem em quem pude me espelhar, para realizar meu trabalho em prol do resgate da história dos poveiros, que dedicaram suas vidas em trabalhar no mar do Brasil.


Praia do Anjos: Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, Arraial do Cabo, poveiros

Os moradores cabistas eram crentes sinceros: marca da herança da gente lusa. Os trabalhadores do mar de Arraial do Cabo, eram férteis em promessas aos santos, pois diante das aflições inerentes no mar ou por causa das doenças, fazia-se uma promessa. Exemplo dessa dedicação e da religiosidade dos pescadores cabistas encontra-se na construção em meados do século XVIII, em pedra e cal, da capela de Nossa Senhora dos Remédios na Praia dos Anjos pelo devoto Antônio Luiz Pereira e outros pescadores. Cabe dizer que a Praia dos Anjos (a qual ainda desconhecemos a origem de seu topônimo), foi um dos locais da região do internacionalmente conhecido cabo chamado de Frio (assim chamado pelos portugueses desde 1503), onde os poveiros costumavam ancorar suas lanchas, tendo alguns objetivos, entre eles: o de se abastecerem de água, no chamado poço do Sobral. E por serem culturalmente tão diferenciados de outros freqüentadores da praia cabista, esses homens do mar de Portugal, atraíam a curiosidade alheia, ou seja, tinham sobre si, a atenção de todos os moradores do pequeno arraial de pescadores do Cabo. E com o tempo, alguns deles acabaram se misturando com o povo cabista e passariam a transmitir seus singulares valores e sua laboriosa tradição para que os brasileiros viessem a encarar o perigoso trabalho nas zonas distantes da costa.

Cabe dizer que a devoção a Nossa Senhora dos Remédios foi introduzida em Portugal por religiosos franceses da Ordem Hospitalar da Santíssima Trindade, que estivera em Lisboa no início do século XII. A finalidade desta Ordem era a redenção dos cativos no Oriente e sua padroeira era as referida Nossa Senhora dos Remédios. Esta confraria se espalhou pela Europa, especialmente na Península Ibérica. Os seguidores da Santíssima Trindade trouxeram para o Brasil a mesma devoção, erguendo várias capelas em sua honra. No entanto, os santuários mais conhecidos se encontram em Parati, São Paulo e na ilha de Fernando de Noronha.

Era arreigadíssima a fé dos moradores da Praia dos Anjos pela sua padroeira, a qual em procissões acompanhadas de crianças vestidas de anjinhos, faziam desfilar a imagem pelas ruas. No século XX, se a pescaria no ano fosse excelente, mandava-se vir de Macaé, a banda de música Lira dos Conspiradores, se a mesma não viesse a ser tão boa, contratava-se a banda de Santa Helena de Cabo Frio e se aquela fosse ruim, chamava pelo menos os músicos locais. E era também a abundância da pesca que determinava a pompa da festividade, podendo-se entre outros, comprar ou não, fogos de artifício mais bonitos.

Igreja N.ª Sr.ª dos Remédios.

O mar sagrado roubou o meu amado: amargo destino

O ex-voto que fora oferecido à patrona da singela igreja da Praia dos Anjos vem retratar um fato ocorrido na noite de 6 de fevereiro de 1924: o acidente que envolveu um barco de pesca de nome “Cabo Frio” e o famoso transatlântico italiano “Principessa Mafalda”.

De acordo com o que colhi através da tradição oral, o fato ocorreu durante a noite e então passo a formular a seguinte e intrigante pergunta: como os tripulantes daquele barco teriam identificado em plena escuridão e em condições tão impróprias, que aquele transatlântico teria sido realmente o Principessa Mafalda ?

Mas seja como for, podemos observar claramente através da pintura daquele ex-voto de origem marítima, que o barco “Cabo Frio” e que por pouco não foi esmagado pelo casco do transatlântico, era de origem portuguesa, isto é, era uma embarcação oriunda da antiga comunidade piscatória da angra de Varzim – e que na ocasião estava sendo mestrado por Agostinho André – o qual segundo a tradição oral, era um poveiro – e que erradicado em Arraial do Cabo, veio se casar com uma nativa da Praia dos Anjos. A tela da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios ilustra a graça alcançada por cinco pescadores que foram lançados borda fora: Agostinho André, Antônio Martins, João Vicente, David Mendonça e Francisco Lopes.

Consta que a embarcação foi comprada e trazida de Portugal, por um morador de Arraial do Cabo, a pedido do próprio Agostinho André, para que ela viesse a ser usada nas pescarias, bem longe da costa de Arraial do Cabo, daí estaria a embarcação propensa a cruzar as rotas dos navios a vapor, sujeita a ser colhida e destruída pelos cascos de ferros. A embarcação da Póvoa de Varzim, originalíssima – a qual era de um só tipo, mas com classificações diferentes, devido ao tamanho que tinham, ficaria então sobre as alvas areias da Praia dos Anjos, lado a lado como as toscas canoas cabistas, destoando-se das mesmas.

Desconhecemos quem foi o autor da pintura que evocou em tintas, o perigo que passaram aqueles cinco homens, sendo que de acordo com a tradição oral, somente Agostinho André era poveiro e os demais, eram nativos do arraial dos pescadores do Cabo.

Ora, por onde os pescadores da Póvoa de Varzim estivessem trabalhando, eles estariam constantemente sujeitos a serem tolhidos pelos perigos do mar. Diga-se de passagem, que aqueles notórios e inconfundíveis homens do mar de Portugal, vieram a ser vítimas em muitos acidentes tanto na costa brasileira, como na portuguesa e isto se encontra bem evidenciado num fato: no mesmo ano em que Agostinho André por pouco não teria como túmulo o mar do Brasil, um mês antes, ou seja, no dia 2 de janeiro, tinha acontecido o naufrágio da lancha São José, na barra da Póvoa, que matando 11 homens, cobriu de luto a pitoresca colméia piscatória da beira-mar portuguesa. Mas nada se compara com o fatídico 27 de fevereiro de 1892, quando o mar ibérico sentenciou 108 poveiros à morte. Vidas desperdiçadas! Quantas viúvas, mães e filhos, desconsolados, ficaram a verter lágrimas dia e noite, molhando o frio leito da praia de suas vidas. Cena pungente e constante que se abatia sobre aquela sofrida colméia de valentes!

E como os antigos poveiros eram férteis em promessa aos santos quando lhes acudiam nas suas desventuras, acreditamos que certamente o ex-voto da igreja do arraial de pescadores do Cabo, foi ofertado por Agostinho André, um dos muitos audazes e atrevidos poveiros que imigrando para o Brasil, passariam a ensinar os brasileiros a ousar a pescar longe da costa nos seus típicos barcos de uma só vela, que os brasileiros batizaram de “pano poveiro”. Lançar os brasileiros em direção ao mar profundo, foi um dos legados da tradição e do labor do poveiro, que nunca temeu o mar longínquo e sorrateiro, para adquirir os “cobres”, dinheiro!

“Ó mar sagrado, ladrão,
Quantas almas tens em ti!
Tu roubaste o meu amor,
Já vingaste de mim!”

( do Cancioneiro Poveiro )


Lancha Poveira.

A vassoura é como a morte: rico e pobre, na mesma sorte

Tal como ocorreu no mar de Portugal, no passado, centenas de dramas lúgubres se passaram nas estradas do mar brasileiro. Algumas daquelas histórias, só tomamos conhecimento através das pesquisas em velhos jornais e através dos relatos fornecidos pela tradição oral. De modo que por meio dos raros ex-votos guardados nas capelas e igrejas centenárias do litoral do Brasil, também teremos a oportunidade de conhecer uma pequena parcela da história trágico-marítima, já que nos ex-votos, mesmo sendo pinturas primitivas, nos revelam: o nome da embarcação, a data do ocorrido, os nomes dos devotos, assim como as circunstâncias do momento da tempestade, do naufrágio ou de outros infortúnios. Naturalmente, esses ex-votos viessem a preencher as paredes rústicas dos santuários costeiros, fazendo parte do seu tesouro sagrado, já porque registrava e testemunhava publicamente os milagres creditados aos santos patronos. Em geral, à grande maioria dos quadros refletiam os momentos de angústia vividos pelos tripulantes e passageiros durante a tempestade, ventania ou o abalroamento por uma embarcação maior e se geralmente a pintura rudimentar representava a embarcação e a sua gente embarcada em perigo, no entanto era inspirado no relato fiel daqueles que sobreviveram diante, acreditando assim, que receberam a graça da salvação.

Essa original fonte de informação sobre o passado marítimo é decorrente do surpreendente mundo religioso dos homens do mar de outrora, porquanto a freqüente realização de promessas ou votos era uma forma particular de se relacionar com o sobrenatural, uma vez que recorrendo aos santos em situações de limite extremo, os marítimos e passageiros acreditavam que seriam socorridos do terrível fantasma da morte por afogamento. E assim sendo salvos das garras do mar, agradeciam o milagre com um ex-voto, que na verdade era uma forma que foi desenvolvida para se relacionar mais diretamente com os santos na falta da intermediação dos padres, os quais, diga-se de passagem, tinha na antiga cultura funerária, uma participação preponderante, principalmente como agentes credenciados que mais eficazmente possível teriam condições de guiar os homens católicos na operação em torno dos derradeiros e dramáticos momentos de suas vidas. Momentos esses, decisivos, em que uma falha no ritual podia redundar na perdição definitiva da alma do moribundo.

Ora, em tempos passados, uma das formas mais temidas de morte era aquela sem enterramento adequado, isto é, morrer no mar, por exemplo, era particularmente terrível, uma vez que um dos aspectos fundamentais da antiga cultura funerária encontrava-se na escolha adequada do lugar da sepultura. Em outras palavras, os homens temiam morrer no mar, uma vez que se acreditava que este tipo de morte comprometia a salvação da alma, daí ser o Atlântico encarado entre certas parcelas do povo do nordeste brasileiro, como sendo o local por onde perambulam as almas penadas da pessoas que sucumbiram nos naufrágios. O estudioso das tradições populares, usos e costumes da comunidade marítima poveira, António Santos Graça (1882/1956), escreveu em seu livro “O Poveiro”, que dentre os seus princípios religiosos, os pescadores da Póvoa tinham quando adoecidos, a preocupação de se preparar par a morte: “E é o primeiro a pedir para se confessar e comungar, ficando, assim, mais tranqüilo e encarando o fim da vida com resignação, sem nenhuma espécie de sobressaltos”. E o citado etnógrafo, ainda acrescenta que a morte repentina era encarada pelos pescadores da Póvoa, com “verdadeiro horror, porque não lhe dá tempo para regularizar a sua vida espiritual”.

“Ai! A morte quando vem,
Com a vassoura, varre a eito;
Varre pobre, varre rico,
A ninguém respeito.”

( do Cancioneiro Poveiro )

Vela grande e aguaceiros: os poveiros eram grandes romanceiros

Assim, uma eventual morte sem sepultura e sem receber algum tipo de sacramento antes de falecer, estavam relacionadas com a preocupação da maioria dos homens do mar com o destino de suas almas. Isto quer dizer que para eles deveria existir uma morte ideal, a qual não devia ser uma morte solitária e privada sem os devidos rituais, ou seja, a morte deveria ser na própria cama, na presença de parentes, amigos, rezadeiras e padres para ministrar a penitência, comunhão e extrema-unção e cujo corpo envolto numa mortalha seria sepultado em solo sagrado: dentro da igreja ou num cemitério cristão, assim era o desejo máximo de todos os católicos do passado:“Morto, é amortalhado com hábitos das cores das vestimentas dos santos do seu nome ou com o balandrau da Misericórdia, sendo irmão, ou ainda o hábito de S. Francisco, pertencendo à Ordem Terceira. A sala é forrada de panos pretos, tendo ao centro uma cruz onde levantam um altar para a colocação da imagem do Crucificado, ladeada por quatro velas. Sobre a porta da casa, pregam um pano preto par indicar a quem por ali passa que há ali um morto a quem se deve oração. À volta do caixão, as pessoas da família e os amigos choram alto, com grandes exclamações, relembrando a vida do morto e o seu amor à família. (...) Durante oito dias, os homens da família envergam o seu gabão do mar, com capuz pela cabeça. É o seu luto carregado”. (António Santos Graça, O Poveiro, 1932)

Em verdade, as concepções sobre a maneira como se esperava a morte, o momento ideal de sua chegada, os ritos que a procediam e sucediam e o local da sepultura, eram todas, questões importantíssimas sobre as quais se gravitava os pensamentos e as ações de todo bom católico luso-brasileiro. As cerimônias e a simbologia, que envolviam a morte, deveriam ser produzidas para promover uma boa viagem para o além, em outras palavras, tudo era feito com vistas a pôr a alma no caminho certo da salvação. De modo que era importante não ser tomado de surpresa pelo último ato no mundo dos vivos; daí por que a morte acidental, a exemplo de falecer no mar, era vista como grande desventura.

Ora, uma morte para que fosse boa, devia ser de alguma forma anunciada por meio de algum sinal, a exemplo de uma doença, a qual, segundo o padre Bernadino José Pinto de Queirós (autor de um manual de assistência aos agonizantes publicado em 1802 - uma espécie de manual de bem morrer de mais de trezentas páginas), seria uma prova da colaboração de Deus para facilitar a salvação da alma, porque se assim não fosse, assim concluía aquele padre: Deus mandaria uma morte repentina. E segundo as regras da antiga cultura funerária, a primeira estratégia de salvação seria então de organizar cuidadosamente a própria morte, quando esta vinha servir de oportuno momento de reparação moral.

“Ó mar, caixão dos navios,
Ó cama dos marinheiros;
Debaixo da vela grande,
Se agantam os aguaceiros”

( do Cancioneiro Poveiro )

No mar, triste vida dura, eles trabalham em cima da sepultura

A elaboração de ex-votos brasileiros é uma genuína herança da manifestação da arte popular religiosa européia; uma arte votiva não só difundida entre os portugueses, como no seio de outros povos marítimos das nações católicas do velho continente.

Em casos de tempestade, fosse no mar de Portugal ou do Brasil, os homens do mar tinham plena convicção de que ela não se apaziguava por si mesma, o que era preciso a intervenção do santo mais acessível na escala milagreira. E havendo sobreviventes dos naufrágios, eles nunca deixavam de pagar as promessas, uma vez que tomavam os santos como advogados ciosos de sua atividade, crendo que eles não perdoariam facilmente o calote dos devotos. Portanto, para a concepção dos homens do mar, era muito perigoso ficar devendo promessas, pois assim achavam que os santos uma vez lesados poderiam se abster de qualquer nova intervenção em situações em que as frágeis vidas humanas estivessem ameaçadas.

Cabe finalizar dizendo que o procedimento do voto de origem marítima se desenrolava em três momentos distintos: a prova, em que o homem dava-se conta de sua fraqueza diante dos elementos hostis da natureza marinha e pedia uma proteção sobrenatural, a promessa solene feita no momento de angústia e, finalmente, o momento do pagamento da promessa ou voto.

“A vida do marinheiro,
É uma vida triste e dura,
Pois toda a vida trabalha,
Em cima da sepultura.”

( do Cancioneiro Poveiro )

O Principessa Mafalda.

Nota Final

Não resta dúvida de que as minhas dificuldades em resgatar a história das batalhas diárias dos poveiros no mar do Brasil, na sua busca pela sobrevivência, residem fundamentalmente nos claros documentais. Portanto, é através da utilização das técnicas da história oral que me é possível à elaboração da maior parte das pesquisas sobre os fatos e os feitos realizados pelos pescadores da Póvoa de Varzim no vasto mar brasileiro. E uma das pesquisas encontra-se, relacionada com a descoberta do ex-voto da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios – pequeno santuário do século XVIII, situado na Praia dos Anjos, na cidade de Arraial do Cabo, no estado do Rio de Janeiro. Embora os testemunhos orais estejam sujeitos a memórias humanas falíveis, eles são e sempre serão inestimáveis, pois nos fornece um rico pano de fundo. Ora, essas fontes vieram a me ajudar a recriar parte da história da saga dos poveiros no mar da região onde resido. Embora as entrevistas precisam ser tratadas com algum ceticismo, repetidas vezes mostram que a história oral muitas vezes mais enriquece que contradiz os documentos históricos. Do outro lado, com demasiada freqüência, a história é escrita sem o elemento humano, quer dizer, sem saber o que as pessoas pensaram, sentiram e acreditaram. E a história oral ajuda a reconstituir muito dos pensamentos, sentimentos e crenças de um povo, e se referindo aos poveiros, a herança do universo simbólico e cultural daqueles homens originalíssimos, herdado pelos brasileiros, foi vastíssima. Quisera eu ter meios para percorrer todos os locais da costa brasileira, a fim de recolher todas a informações sobre a saga dos poveiros que ainda estão guardadas no seio da tradição oral.

Mas seja como for, uma saudável combinação de uns poucos documentos e testemunhos orais expande nosso senso da história humana. Acontece que muitas vezes lemos sobre homens e não sentimos qualquer ligação humana com eles. E as entrevistas servem justamente para tentar cobrir esse fosso e fornecer aos leitores, meios de entrar nos pensamentos e sentimentos do povo brasileiro, que guardou em suas lembranças, fatos e feitos cotidianos, de um tipo de pescador original e inconfundível da beira-mar portuguesa.


Bibliografia consultada:

Amado, Janaína e Ferreira, Marieta de Moraes
2002 - Usos e Abusos da História Oral, Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas;

Graça, António Santos
1932 - Póvoa do Varzim, Edição do Autor;

Reis, João José
1991 – A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX, São Paulo, Editora Schwarcz Ltda.

Elísio Gomes Filho, brasileiro, descende de portugueses. É escritor e historiador, com pós-graduação em História do Brasil. Foi fundador dos Museus Históricos Marítimos do Cabo Frio (1987) e de Armação dos Búzios (2001). Através de suas pesquisas, descobriu que o barco de pesca “Changri-lá”, foi atacado pelo submarino alemão U-199 em julho de 1943 no mar do Brasil. A elucidação do motivo do desaparecimento do pesqueiro, teve grande divulgação na mídia brasileira, que culminou com uma entrevista do historiador no programa do Jô Soares em outubro de 2004. E entre os dez homens mortos pelos alemães, figuravam três pescadores portugueses, os quais passaram a ter seus nomes imortalizados no belo Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial numa solenidade ocorrida em 6 de junho de 2004 - no Aterro do Flamengo (RJ). E assim para aumentar a galeria dos homens ilustres da Póvoa de Varzim, entre os pescadores portugueses sacrificados por ato da guerra, encontra-se o poveiro José da Costa Marques.A origem dos outros está sendo pesquisada e talvez também sejam originários da Póvoa de Varzim. Maiores informações sobre o trabalho do historiador Elísio Gomes Filho, pode ser investigado no site www.nomar.com.br , com o título: "Os Historiadores do Mar" e criado pelo mesmo, com o objetivo de contribuir para a produção de conhecimentos e consciência de preservação do ambiente marinho e da divulgação da história marítima e naval, brasileira e internacional (particularmente a portuguesa).


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www.dofundodomar.blogspot.com

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